terça-feira, 23 de agosto de 2011

ENTREVISTA PARA FOLHA DE SP


Terreno tem de ser relevante ao Estado, diz conselheiro

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

Presidente do Condephaat, Fernanda Bandeira de Mello afirma que não há prazo para que a avaliação sobre o tombamento da área do Itaim Bibi seja concluída.
Há processos que ficam anos à espera de decisão no órgão, mas Fernanda diz que irá acelerar essa análise.
Conselheiro do órgão e relator do processo, Ricardo Yamasaki disse que o quarteirão só será preservado se um estudo detalhado demonstrar a existência de valor histórico ou arquitetônico para o Estado, e não só para a cidade de São Paulo.
Yamasaki, relator do processo, afirma que a decisão de analisar o valor histórico do local ocorre devido à qualidade do levantamento que embasa o pedido e a grande quantidade de assinaturas que o acompanhavam.
Pelo levantamento apresentado, elaborado pela arquiteta Vanessa Kraml (contratada pelos moradores que são contrários à venda da área), no quarteirão do Itaim estão até hoje os remanescentes da antiga casa da família Couto Magalhães, dona da chácara Itahy. A propriedade, loteada, deu origem ao atual bairro do Itaim.
Já a biblioteca Anne Frank foi a primeira filial da Biblioteca Infantil Municipal, instalada no local em 1945 após palpites do escritor Monteiro Lobato, que visitou o local.
Dez anos mais tarde, a biblioteca ganhou prédio novo, em arquitetura modernista. O edifício foi construído em conjunto com o teatro, que, na inauguração, em 1955, teve encenação de uma peça infantil de autoria de Monteiro Lobato, escrita especialmente para a ocasião.
Em 1977 o teatro foi cedido para a Faculdade de Comunicação e Artes da USP e, por vinte anos, foi sede do Tusp (Teatro da USP).
Além de construções históricas, o pedido de tombamento aponta a existência de 28 espécies de árvores no lote, entre elas um pau-brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário