sexta-feira, 14 de outubro de 2011

MÍDIA

Último dia de evento sobre
tráfico discute o papel da mídia

Acácia Paes/SJDC
Ermanno Allegri, Marcia Neder, Patrícia Negrão, Mauricio Hashizume e Hamilton Rangel, em debate sobre o papel da mídia

Neste terceiro e último dia do “VI Encontro Internacional sobre Migração e Tráfico de Pessoas: Desafios e Possibilidades”, promovido pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, por intermédio do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas em parceria com algumas instituições, o destaque foi o debate sobre o ‘Sistema Nacional de Atendimento às vítimas traficadas’.

A temática foi apresentada pelo o chefe de gabinete do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), Dr. Izaías José de Santana; o coordenador do Núcleo Federal de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria Nacional de Justiça, Ricardo Rodrigues Lins; pelas integrantes da Equipe Multidisciplinar do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Ana Flávia Diogo e Tatiana Amendola; e pela promotora de justiça do Ministério Público de São Paulo, Dr. Aline Jurca Zavaglia Alves.

Segundo Lins, o tráfico de pessoas é uma violação aos direitos fundamentais dos seres humanos. “O plano nacional trata este crime como um caso complexo, no qual se deve enfrentar as causas, mas não de uma forma fragmentada”. O segundo debate da manhã foi aberto pelo Secretário Especial de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Dr. José Gregori; pelo coordenador do Centro de Apoio ao Migrante, Paulo Illes; pelo presidente do Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Vale do Ribeira, Maximiliano Richter; e pelo dirigente da Assessoria da Cidadania, da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, Ricardo Augusto Yamazaki.

Para Richter, as parcerias são fundamentais para que as ações aconteçam com mais eficiência. “Mais do que desenvolver políticas públicas, nós as colocamos em prática. Só conquistamos o que já conquistamos, porque temos o privilégio de nos articularmos”, comenta Richter.

“Somos formiguinhas, mas que aos poucos fazemos nossos montinhos. Por mais que façamos, temos que fazer ainda mais. O que nos consola é que estamos fazendo”, acredita Gregori e finaliza: “Democracia é uma plantinha denra que precisa ser regada todos os dias”.

O último módulo do dia foi o debate do papel político-pedagógico da mídia no enfrentamento ao tráfico de pessoas. A mesa composta pela jornalista Patrícia Negrao; pela diretora da revista Claudia, Marcia Neder; pelo jornalista Mauricio Hashizume; pelo diretor executivo da Agência de Notícias da Adital, Ermanno Allegri; e pelo professor Hamilton Rangel.

Nota-se um aumento significativo de reportagens sobre o tráfico de pessoas. A produção de guias, folhetos informativos, entre outras coisas é muito importante, mas segundo Maurício Hashizume, jornalista da Agência de Notícias Repórter Brasil, deve-se observar o caso de uma maneira mais ampla. “Não podemos focar em um único aspecto do tráfico se estamos diante de uma situação de extrema vulnerabilidade”.

“O papel político-pedagógico da mídia no enfrentamento ao tráfico de pessoas é igual ao papel político-pedagógico da mídia de qualquer outro direito humano. A diferença é que o tráfico tem a característica de ser uma lesão potencializada. Ou seja, é um conjunto de várias violações aos direitos básicos de uma única pessoa”, salienta Rangel.

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27/11/2009

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